O Padre Adelir Antônio de Carli, 41 anos, desapareceu no último dia 20 após voar com cerca de mil balões. A intenção era sair de Paranaguá (PR) e pousar na região oeste do Paraná, para quebrar um recorde de permanência no ar com balões cheios de gás hélio (semelhantes às bexigas de festa de aniversário).
Sem ter experiência em vôos desse tipo, o Padre acabou deslocado para o litoral norte de Santa Catarina. Ele fez seu último contato, por meio de um telefone celular, com o Grupo de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer) no mesmo dia 20. Desde então, não se tem mais notícias do “Padre Voador”, que não soube informar a sua localização.
O Padre foi aconselhado por um piloto experiente a não voar com os balões. No domingo, o clima não era favorável e havia risco do deslocamento acontecer.
A Marinha iniciou as buscas no dia em que o Padre desapareceu. Depois de uma semana, na última sexta-feira, a missão não obteve êxito e foi abortada oficialmente.
Desde sábado, apenas a família de Carli, com ajuda de amigos, voluntários, e os Bombeiros Voluntários de Penha (SC) seguem com as buscas.
Nesta segunda-feira, o Corpo de Bombeiros de Penha anunciou que foi vítima de um trote. Eles foram informados que o corpo do Padre foi encontrado em uma ilha inexistente do Rio Grande do Sul.
Notícia internacional
A aventura do Padre Adelir virou notícia internacional. Na Inglaterra, o padre está sendo chamado de “Daredevil Priest” (“Padre audaz”) pelo Malta Star. Mas a maior parte da mídia de língua inglesa, incluindo jornais de diversas cidades dos EUA e Reino Unido, optou por “Flying Priest” (“Padre voador”).
Na Rússia, a agência RIA-Novosti define a tentativa do Padre de quebrar o recorde de permanência no ar como “jornada bizarra”.
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(Lielson Tiozzo e Paola Peres)
Diário das Cidades 